terça-feira, 8 de janeiro de 2008

U.S. AIR FORCE - THE THUNDERBIRDS


Em 1947, quando a era do jacto ainda se encontrava na sua infância, a aviação militar estava apostada no futuro com a criação da Força Aérea dos EUA como serviço separado. Apenas seis anos mais tarde, em25 de Maio de 1953 a esquadrilha oficial de acrobacia, designada por Unidade 3600 de acrobacia, era activada na Base da Força Aérea de Lucke, no Arizona.
O nome “Thunderbirds”foi quase de imediato adoptado pela unidade; influenciado em parte pela forte cultura e folclores Índios do Sudoeste dos Estados Unidos onde pertence a localidade de Luke. A lenda Ìndia fala das “ave trovão”com grande medo e respeito. Para muitos, tratava-se de uma águia gigante…já outros visionavam ser um falcão. Quando elevada nos céus, a terra termia com o ruído provocado pelo bater das suas asas enormes. Dos seus olhos brotavam raios de luz. Diz a lenda que na natureza nada se atrevia a desafiar a ave trovão, e nenhum ser humano era capaz de enfrentar o seu poder. A história da “ave trovão” era respeitada, e passada pela palavra através de gerações, até que por fim, atingiu a imortalidade de uma lenda!
Não podia ter sido escolhido um nome mais apropriado, e é com a mesma presença de comando que os Thunderbirds se elevam nos céus.
Sete oficiais e 22 operacionais foram seleccionados para a primeira esquadrilha acrobática, muitos dos quais recrutados do pessoal a prestar serviço em Luke.
O Major Dick Catledge, comandante de esquadra em Luke, foi escolhido como comandante da esquadrilha acrobática. Os gémeos Bill e Buck Patillo foram escolhidos para voarem em asa esquerda e direita, respectivamente. Os Patillos, ambos capitães, eram a escolha ideal uma vez que ambos fizeram parte dos “Skyblazers” uma esquadrilha acrobática da Força Aérea dos Estados Unidos na Europa nos três anos anteriores. Para a difícil posição de “slot”, ou seja, a posição entrincheirada entre os dois asas e o comandante de esquadrilha, foi escolhido um instrutor de voo em Luke, o Capitão Bob Kanaga. O “piloto suplente” escolhido, foi o Cap. Bob Mcormick. Tal como os irmãos Patillo, tinha experiência em acrobacia aérea, tendo voado como asa direita nos “Sabre Dancers” a esquadrilha que antecedeu os Thunderbirs. O 1.º Tenente Aubry Brown foi escolhido como oficial de manutenção da esquadrilha. Ele, juntamente com o seu homem de confiança, o Sargento-Mor Earl Young, seleccionaram os 21 homens encarregados de ajudar na manutenção das aeronaves da esquadrilha. O Cap. Bill Brock foi o último oficial com funções de informação e relações públicas.
Desta escolha, nascem os “Thunderbirds” da Força Aérea dos Estados Unidos.
O primeiro avião escolhido pelo grupo de acrobatas foi o asa-estendida F-84G thunderjet construído pela “Republic Aviation”. A configuração estendida das asas desta aeronave, foram consideradas o ideal para manobras acrobáticas. E, pese embora a aeronave não exceder a velocidade do som, como alguns aviões militares em uso, facilmente preenchiam as necessidades para as acrobacias exigidas.
A sequência da demonstração original, consistia numa série de formações acrobáticas durando cerca de 15 minutos. O “piloto suplente” levantava voo alguns minutos antes verificava as condições meteorológicas avisando sobre os detalhes de tráfico aéreo na zona, certificando-se de eventuais obstruções e aterrando de seguida para ser eventualmente usado como aeronave suplente. Assim que se desenvolvem os shows, aproveitou-se a oportunidade de voar a “solo” utilizando manobras acrobáticas enquanto a formação acelerava queimando óleo e largando fumo até o limite de visão da multidão.
Depois de variadíssimas missões e intensa escolha da melhor aeronave na Força Aérea, esta acaba por seleccionar o asa curva F-84F Thunderstreak como o segundo avião em 1955. O Thunderstreak foi modificado para a esquadrilha acrescentando-lhe depósitos de fumo pela primeira vez, largando fumos de cor vermelhos, branca e azul.
Com a mudança dos F-84F para os F-100 super Sabre em 1956, os Thunderbirds tornaram-se a primeira esquadrilha aérea supersónica de acrobacia. Nesse mesmo ano, mudam-se para a Base Aérea de Nellis no Nevada, simplificando a logística e a manutenção das aeronaves.
Embora nunca se tenha verificado que, parte da acrobacia dos Thunderbirds em 1956 em que o “solo” voasse em supersónico fosse banida a pedido dos anunciantes do espectáculo. A verdade é que a Autoridade Federal de Aviação, seguindo-se a Administração Federal de Aviação, proibiram todos os voos supersónicos em festivais de acrobacia e consequentemente, hoje somente os voos subsónicos são permitidos.
Apenas como nota de rodapé, na história dos Thunderbirds, a Republic-constroi F-105B Thunderchief tendo voado apenas em seis exibições aéreas entre 26 de Abril e 9 de Maio de 1964. Foram necessárias fazer grandes modificações no F-105 e, para evitar cancelar as exibições previstas, os Thunderbirds voltaram a actuar com o Super Sabre. Entretanto o regresso aos F-100D que era suposto ser temporário, o F-105 nunca mais voltou a entrar num hangar dos Thunderbirds. O F-100 acabou assim por fazer parte da esquadrilha por mais 13 anos.
Os Thunderbirds começaram a época dos treinos em 1969 ainda com os F-100D. Na primavera de 2006 a esquadrilha recebeu o primeiro dos novos McDonnel Douglas Phanton II F-4E e começou a reconverter a esquadrilha.
A reconversão para os F4 foi a mais extensa na história da esquadrilha. Entre as modificações, as pinturas tricolores que funcionavam perfeitamente nos F-100 vieram a dar problemas com os F4 sobretudo em velocidades de Mach II. Como resultado, foi desenvolvida uma pintura com base de polyuretano para resolver o problema. A pintura branca permanece ainda parte integral da aeronave Thunderbird.
Fazendo a comparação com os seus antecessores a diferença apresentada no F-4 foi imensa. Foi enorme. Foi poderosa. A terra a tremer com o ruído dos motores de 8J-79 da formação dos aviões…Nenhuma acrobacia com aviões cumpriu tão bem a sua missão de representar o poder aéreo Americano tão impressionantemente como o Phanton.
1974 trouxe consigo a crise do combustível e, como resultado nova aeronave para a esquadrilha, a ágil altamente manobrável Northrop T-38ª Talon, o primeiro avião de treino supersónico da Força Aérea. Sob o ponto de vista de redução no consumo de combustível, os T-38ª eram incomparáveis. Cinco T-38 consumiam a mesma quantidade de combustível necessárias a alimentar um F-4 Phantom além de menos gente e menos equipamento necessários para a manutenção da aeronave.
Muito embora o Talon não preenchesse inteiramente a tradição voar nos caças a jacto de primeira linha, manteve o critério de demonstrar as capacidades de uma aeronave da Força Aérea altamente capaz.
OT-38A foi usado pela Força Aérea durante este período de tempo numa variedade de modelos graças ao seu design, economia operacional, facilidade de manutenção, alta performance e recorde excepcional de segurança. De facto, os pilotos de caça da Força Aérea ainda hoje utilizam esta aeronave, durante a primeira formação do curso de treino pilotagem.
Em honra dos 200 anos de aniversário da nação, em 1976, os Thunderbirds foram oficialmente nomeados para fazer parte integral da organização do bicentenário dos Estados Unidos da América. Apenas no ano do bicentenário, os números das aeronaves foram mudados para a fuselagem sendo substituídos pelos símbolos do bicentenário na cauda das aeronaves
Em 1983, a esquadrilha volta à sua tradição de voo de caça de primeira linha; mudando para a General Dinamics, mais tarde Lockheed Martin F-16 A Fighting Falcon. Aos F-16 em questão, foram removidos o radar interior o canhão de 20mm e foram intalados os sistemas de getão de fumo.
Permanece verdadeiro o carácter de desenvolvimento nos caças Americanos agora apresentados com a tecnologia mais avançada. Em 1992 a esquadrilha muda para o F-16C, a aeronave actual. Com a esquadrilha a voar no F-16ª, os Thunderbirds foram a última esquadrilha activa a usar o modelo A.
O modelo C parece similar ao seu antecessor, mas desenvolveu actualizações de aerodinâmica e radar tornando-o superior ao modelo A. Um verdadeiro caça acrobata, o F-16C mantém um recorde invejável no combate aéreo ar-ar. Mais ainda: é o único caça a ganhar ambas competições da Força Aéra – Gunsmoke, ar-terra e Guilherme Tell, superioridade aérea.
O F-16 continua a manter-se como a escolha da aeronave para os Thunderbirds nos últimos 20 anos, o maior período de alta performance de qualquer aeronave.

ROYAL AIR FORCE - Os Red Arrows

Os RED ARROWS são conhecidos no Mundo como os embaixadores da Real Força Aérea e igualmente do Reino Unido. Desde que a esquadrilha foi oficialmente constituída em 1965, os Red Arrows completaram mais de 4.000 exibições em 53 países.

O Sucesso dos Red Arrows depende, não apenas dos nove pilotos que dela fazem parte, mas também de cerca de uma equipe de 100 pessoas altamente motivadas. São pessoas normais que conseguem realizar um trabalho extraordinário.

A reputação da esquadrilha Red Arrows é conseguida pelo esforço individual dos excelentes profissionais que a compõem, num projecto combinado de treinos e equipamento da Real Força Aérea do Reino Unido.

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"Não sabes da vida porque não imaginas a sua privação. Vê se consegues ter uma ideia da morte e saberás a maravilha que te coube, que tiveste a sorte incrível de te caber." Vergílio Ferreira

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