domingo, 13 de julho de 2008

SAAB JAS 39 GRIPEN

O JAS 39 Gripen é o primeiro legítimo caça de quarta geração, podendo efectuar todas as missões de caça e de ataque com a mesma eficácia. No início dos anos 80 a Força Aérea Sueca - Svenska Flygvapnet - já pensava no substituto do Viggen, que ainda estava sendo entregue aos seus esquadrões operacionais. A nova aeronave deveria ter custos um terço inferiores a do Viggen, não ter mais do que a metade de seu peso, ser capaz de realizar missões de interceptação, ataque e reconhecimento, ter grande manobrabilidade, pequena assinatura radar e capacidade de operar em pistas ou estradas com não mais que 800 metros de comprimento por 9 de largura, entre outros. O consórcio formado pela Saab, Ericsson, Volvo-Aero e FFV apresentou a sua primeira proposta de um caça monoposto e monomotor dotado de comandos Fly-by-Wire, canards móveis e com asas em delta. O desenvolvimento foi rápido e o primeiro vôo ocorreu no final de 1988, mas um defeito no sistema de controle de voo do protótipo do Gripen causou um acidente e quebrando o braço do piloto, gerando um atraso de dois anos até que os problemas no computador central fossem definitivamente dominados.
O Gripen está dotado com o que há de mais moderno em termos de contra medidas e o radar pulse-doppler Ericsson PS-05 A tem grande capacidade multimodo, mas muitas de suas informações são secretas. A cabine possui três grandes displays multifunção (MFD) e um HUD grande angular holográfico. Possui um canhão alemão da Mauser, o BK27 de 27 mm e que fica sob a fuselagem, quase sob a tomada de ar esquerda e mísseis Rb 74 (AIM-9 Sidewinder fabricado sob licença na Suécia) e o AIM-120 AMRAAM, podendo também ser equipados com os novos mísseis ar-ar de curto alcance IRIS-T com capacidade off-boresight (podem ser disparados num cone que se estende lateralmente do eixo central nariz/empenagem do avião)
A SAAB ainda deverá efectuar alterações nos Gripen, como o HMS (Helmet Mounted Sight - visor montado no capacete) para utilização com o novo míssil ar-ar de curto alcance IRIS-T, o também novo míssil ar-ar, mas de longo alcance Meteor. O Gripen deve também receber um IRST (Infra Red Search and Track) e a possibilidade de ser remotorizado com o Eurojet EJ200, o mesmo que equipa o Eurofighter/Typhoon.

terça-feira, 8 de julho de 2008

PILOTO AVIADOR DA FORÇA AÉREA

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PROFISSÃO: PILOTO-AVIADOR DA FORÇA AÉREA

A profissão de Piloto-Aviador militar é dinâmica, exigente e normalmente proporciona emoções fortes e realização profissional. Requer formação específica cuidada e abrangente bem como treino e aperfeiçoamento constantes.

Ao piloto-aviador cabe planear rigorosamente a missão, voar a aeronave, operar os sistemas tácticos de navegação, tiro, guerra electrónica, reconhecimento e vigilância, reabastecimento em voo, lançamento de carga, ou outros, em função da especificidade da missão e da aeronave.

Tacticamente a missão pode ser muito exigente, envolvendo o transporte de armamento e equipamento sofisticado, a integração em pacotes de ataque compostos por meios aéreos de diversas proveniências e missões nacionais ou aliados, com complicadas coordenações de controlo de espaço aéreo, com tempos sobre o objectivo cumpridos ao segundo, muitas das vezes em condições meteorológicas difíceis, quer de dia como de noite. Através do treino operacional regrado proporcionado pela esquadra de voo onde está integrado e por exercícios conjuntos (entre ramos das Forças Armadas) e combinados (entre forças de diversos países), o piloto militar é preparado para resolver situações de emergência com a sua aeronave, alterar em voo a rota ou mesmo a missão face a factores circunstanciais e de acordo com as instruções recebidas pelos centros de comando e controlo, actuar em cenários de risco, seja numa simples mas arriscada evacuação sanitária por helicóptero de um tripulante de um navio em difíceis condições de mar, seja numa missão humanitária sob a égide das Nações Unidas, seja ainda numa complexa operação de combate em ambiente nuclear, biológico ou químico num qualquer conflito armado a muitos quilómetros de distância da Pátria.

O piloto-aviador da Força Aérea, consoante a sua especialização, poderá efectuar os seguintes tipos de missões:

- Defesa aérea;

- Ataque ao solo;

- Patrulhamento marítimo e luta anti-submarina;

- Transporte aéreo;

- Busca e salvamento;

- Reconhecimento e vigilância;

- Missões de interesse público, como o apoio às pescas e detecção de poluição marítima, evacuações sanitárias, combatem a incêndios, levantamentos aéreos geológicos e topográficos, entre outras.

Ao longo da sua carreira, o piloto-aviador passa por diversas fases. O aluno-piloto após receber as asas, brevêt, poderá ser colocado numa esquadra de aviões de combate, de helicópteros ou de aviões de transporte. Numa esquadra de combate começa por ser qualificado como piloto-operacional, passando a voar à asa (número dois numa parelha de caças) de pilotos mais qualificados, até que adquira a experiência necessária à qualificação de Comandante de Parelha. Continuando a sua evolução, poderá atingir a qualificação de Comandante de Esquadrilha, podendo chefiar três ou quatro caças, ou mesmo posteriormente, de Comandante de Esquadra em Voo, onde terá a responsabilidade de chefiar formações superiores a 4 aviões.

Numa esquadra de aeronaves de transporte, o piloto inicialmente desempenhará funções de co-piloto até alcançar a experiência necessária à qualificação de Comandante de Bordo. O piloto, independentemente do tipo de esquadra ou aeronave onde estiver colocado, poderá eventualmente exercer funções de Piloto-Instrutor.

Ao piloto-aviador militar, para além da pilotagem de aeronaves é-lhe exigido no seu quotidiano na Esquadra de Voo que desempenhe variadas funções no solo, nomeadamente no âmbito do planeamento e gestão das operações aéreas a fim de garantir a execução de missões operacionais bem como a qualificação operacional e manutenção da mesma, uniformização e avaliação de pilotos e outros tripulantes, acompanhamento da evolução da doutrina de emprego dos meios aéreos, acompanhamento da modernização tecnológica e implementação de programas de melhoramento nos sistemas de armas que opera, actualização de publicações, segurança de voo, de terra e de armamento, informações de combate e guerra electrónica, defesa NBQ, apoio logístico e de mobilidade da Unidade Aérea, bem como tarefas específicas relacionadas com as missões que lhe estejam atribuídas.

Em termos de programação de carreira profissional, o piloto-aviador da Força Aérea, mantém-se, normalmente a desempenhar funções numa esquadra de voo até ao posto de Major, inclusive. A partir de então poderá desempenhar outras funções tais como comando, direcção e chefia em Estados-Maiores ou Comandos Operacionais, bem como desempenho de cargos internacionais no país ou no estrangeiro, no exercício de funções de natureza militar, dentro ou fora da estrutura das Forças Armadas.

O piloto-aviador tem a responsabilidade de se manter física e psiquicamente apto para a pilotagem, estando sujeito a inspecções médicas periódicas e a estágios de reciclagem de fisiologia de voo e de sobrevivência em terra e no mar.

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"Não sabes da vida porque não imaginas a sua privação. Vê se consegues ter uma ideia da morte e saberás a maravilha que te coube, que tiveste a sorte incrível de te caber." Vergílio Ferreira

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